Vacinar ou não vacinar: eis a questão

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Vacinar ou não vacinar: eis a questão

A vacinação é um dos assuntos mais polêmicos para os pais. “Será que vale a pena vacinar ou não?” “Estou expondo minha criança a algum risco?” “É verdade que vacinas causam autismo?” “O que acontece se eu não vacinar?”

Primeiro vamos esclarecer o que são vacinas…

Vacinar é o método usado para que se crie defesa no organismo a uma determinada doença, sem que a pessoa precise passar pela infecção ou virose em si. E acredite, ela é a forma mais efetiva. Existem certas doenças contra as quais criamos imunidade permanentemente; basta adquiri-las uma vez e você nunca mais as apresentará de novo (varicela é um exemplo). Porém, algumas outras doenças causam morte ou sequelas; então criar imunidade naturalmente não é uma boa ideia.

As vacinas existem desde antes de 1800, então para algo durar tanto tempo é porque funciona, certo? Do contrário, certamente não teríamos vacinas hoje em dia.

Para termos uma noção: antes das vacinas, existiam surtos de doenças que dizimavam populações, doenças graves que se espalhavam com muita facilidade. Quase não vemos mais essas doenças hoje em dia por causa das vacinas.

O problema que sempre ouvimos acerca das vacinas é que, como elas são feitas por pedaços do microrganismo ou do próprio microrganismo em sua forma inativa, a pessoa vacinada pode fazer uma reação aos componentes da vacina ou que, quem sabe, o microrganismo se reative no seu corpo. Isso acontece, porém é raro; tão raro que seguem alguns números para ilustrar:

gráfico_CR_vacinação

Vejam que o esquema de vacinação para sarampo é distribuído quase que globalmente. Adivinhe onde existem mais casos de sarampo? E onde há maior mortalidade pelo sarampo?

Agora vamos para números de reação adversa.

Para a mesma vacina, efeitos adversos mais sérios chegam a se apresentar em 1 pessoa a cada 10 milhões de vacinados. A vacinação salvou mais de 17 milhões de pessoas, diminuindo a taxa de óbitos em mais de 79%. Porém, ainda morreram 314 pessoas por dia em 2014 pelo sarampo. Qual foi a população mais atingida? Os não vacinados.

E o autismo? A verdade sobre esse boato é chocante. O pesquisador e médico que relatou a correlação entre vacinas e autismo foi financiado para falsificar os dados e, após exposto, foi descreditado e perdeu sua licença. Conclusão: era uma farsa…Já existem vários trabalhos que mostram a segurança das vacinas contra essa acusação.

E o que acontece se eu não vacinar? Bem… se você tivesse uma chance de ter um resfriado e não ter um resfriado, qual você escolheria? Parece bobo, mas é esse o pensamento. Por que submeter a criança a uma doença evitável, se você tem a chance de nunca permitir que ela passe por isso? Pelo risco de efeitos colaterais? Se você leu este artigo até este ponto, não pode mais dar essa desculpa. Por que é artificial? Mas os medicamentos que você vai usar para combater a infecção também são artificiais.

Sabe o que acontece se você não vacinar o seu filho e se muitos outros pensarem como você? Imagine a poliomielite, que está praticamente erradicada do Brasil, voltando à ativa em pessoas não vacinadas. O preço? Paralisia e sequelas para o resto da vida… por algo evitável.

Agora como experiência própria, deixo uma de várias histórias para reflexão: Coqueluche é uma doença boba nos adultos e crianças mais velhas, mas fatal em bebês. A vacinação fica eficaz a partir dos 6 meses de vida, ao receber a 3ª dose. Mesmo assim todos devem tomar o reforço. Uma família optou por questões próprias não vacinar nenhum dos filhos. Os mais velhos não vacinados estavam tossindo; o mais novo, bebê, acabou se contaminando pela coqueluche dos irmãos mais velhos e infelizmente veio a falecer por uma doença evitável.

O risco maior é a doença e não sua prevenção. Por isso existem as vacinas.

O melhor é se prevenir!

Camila Camargo